Caso Letícia: morte de jovem após encontro em motel completa um mês, e família contesta versão do suspeito

  • 05/05/2025
(Foto: Reprodução)
Suspeita inicial era de que morte teria sido provocada por hemorragia, mas laudo pericial apontou causa como asfixia. Ninguém foi preso. Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, morreu após um encontro em um motel de Indaiatuba (SP) Arquivo pessoal Um mês após a morte de Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, a família ainda fala da jovem no presente. Ela ainda “é” uma menina considerada ingênua, querida pelos amigos e muito próxima aos pais. A dor latente da família é um reflexo da busca por respostas. Desde que a jovem foi socorrida desacordada após um encontro em um motel de Indaiatuba (SP), no dia 5 de abril, os pais tentam entender o que aconteceu na suíte. A suspeita inicial era de que a morte teria sido provocada por uma hemorragia, mas o laudo pericial ao qual o g1 teve acesso apontou a causa como asfixia. Leia mais sobre o exame abaixo. "Nossa família está destruída. Esse cara não matou só a minha filha, ele matou a minha família inteira. A minha filha nunca disse uma palavra errada para ninguém. Nos lugares que ela trabalha, só tem amizade. É uma menina ingênua das coisas da vida", lamenta José Carlos Barbosa, pai da vítima. A versão do suspeito Segundo o boletim de ocorrência, Igor Brito Rocha da Silva disse à Polícia Civil tinha um relacionamento com Letícia há cerca de três meses e que, no dia da morte, consumiram bebidas alcoólicas e energético antes de irem ao motel. Durante a estadia, ainda de acordo com o relato dele, a vítima teve um sangramento na relação sexual. Ele teria avisado a jovem e ido ao banheiro se lavar, mas ao retornar, percebeu que ela estava inconsciente. O homem, então, acionou os funcionários do motel para pedir ajuda. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Até a publicação desta reportagem, Igor não havia sido preso. O g1 tenta contato com a defesa dele. A versão da família A família, porém, contesta essa versão. Isso porque Letícia nasceu com uma doença cardíaca que levou a diversos procedimentos cirúrgicos desde a infância e, por conta dessa condição, não bebia álcool ou energético. O pai da vítima relata nunca ter sido apresentado a Igor, com quem a filha estava saindo pela terceira vez no dia da morte. “Minha esposa diz que eles estavam começando a se conhecer. […] Até então ela [Letícia] não tinha namorado com ninguém ainda”, conta José Carlos. Letícia era a filha mais nova do casal. O filho mais velho, diagnosticado com microcefalia ao nascer, também morreu há cerca de três anos, após passar três décadas acamado. "Minha filha não saía de casa. Ia de casa para o trabalho, passava na academia e vinha para casa. Ela ia trabalhar com a mãe dela para não ficar sozinha em casa. A gente ia à praia junto, ela ia cortar o cabelo junto com a mãe, ia fazer unha junto, compra junto. Tudo a gente sempre fez junto", lembra o pai. Delegacia de Defesa da Mulher de Indaiatuba (SP) Gustavo Biano/EPTV O que diz o laudo? O laudo necroscópico aponta que a hipótese inicial da causa da morte era choque hemorrágico, causado pela ruptura do saco de Douglas – o que não se concretizou. A médica legista apontou que a vítima tinha marcas roxas pelo corpo, incluindo no pescoço, e que apesar de haver lesões na região íntima, não foram tão graves a ponto de causar a morte. Já no pescoço, o exame mostrou uma fratura no osso hioide, “juntamente com outros sinais de asfixia, que é causado por trauma direto da região, como em uma esganadura”. Investigação Ao g1, a delegada Fernanda Hetem, titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Indaiatuba, afirma que todas as diligências foram realizadas e que agora o inquérito depende dos laudos periciais complementares, como o toxicológico e a quebra do sigilo telefônico do suspeito. “Mandamos as coisas para o IC [Instituto de Criminalística] e para o IML [Instituto Médico Legal] e a gente depende 100% deles para essas respostas. Eu tenho cobrado dia sim, dia não, mas alguns laudos levam meses”, explica a delegada. Ainda de acordo com Hetem, foram colhidos depoimentos de todas as testemunhas, incluindo funcionárias do motel e o médico responsável pelo atendimento da vítima. Os próximos passos da investigação, segundo a delegada, incluem o recebimento de informações complementares sobre o laudo necroscópico e a reprodução simulada dos fatos, cuja data ainda será marcada. Por ora, o caso é investigado como feminicídio. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/05/05/caso-leticia-morte-de-jovem-apos-encontro-em-motel-completa-um-mes-e-familia-contesta-versao-do-suspeito.ghtml


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